E sofria por dentro,

aquela dor de amor carnal e dependência espiritual que lhe cortava a pele,

rachava-lhe os minúsculos poros da sua existência.

Queria habitar o outro,

tê-lo como um ser híbrido.

Mas toda vez desconstruía-se a história do amor real e carnal.

Ela entrava num sólito ser inexistente criado dentro dela.

Tinha a certeza da incoerência do outro,

da falta de reciprocidade.

E aí, então, regozijava-se e um misto de dor e alegria

tomava conta de todos os espaços.

Nesse momento, ela tinha certeza do amor concluído,

aquele que causa prazer pela não correspondência,

pela falta e distancia;

aquele que tá nos pensamento mais ilusórios,

impossível de ser real..

fechando um ciclo de amor perfeito,

pronta pra começar tudo outra vez!

1 Comment

  1. Ragazza on 3 de fevereiro de 2014 às 09:04

    Tanto tempo não passava por aqui, e quando passo encontro esse texto, que mais posso chamar de mapa da minha alma.. rsrs. Parabéns, e saudades... aparece mais vezes ! hehe
    #Moniele