Eis que passando por aqui meio que sem querer, eu percebi que comecei esse blog em 2008, despretensiosamente! Comecei escrevendo umas abobrinhas e coisas que faziam sentido só pra mim (não que isso tenha mudado!) considerava isso algo unilateral, mas de alguma forma, sabe se lá por que, algumas pessoas se identificavam com tais palavras. Comecei meio tímida, sem saber do que se tratava, com uma idéia que pairava na minha cabeça desde os meus seis anos de idade: Quando crescer vou ser jornalista! (mesmo sem saber do que se tratava profundamente aquela profissão que havia escolhido, também despretensiosamente, aos míseros seis anos de idade). Acontece que em 2008 (eu tinha 14 anos) eu era uma pessoa “crua”.

Sabia distinguir bem as coisas que me chamavam atenção – que eram sempre as que não chamavam atenção das pessoas – sabia das coisas que eu queria pra mim, mas faltava moldar isso a minha realidade. Faltavam influências que me permitissem construir e lapidar aquilo que eu buscava ser. E enxergar essas influências eram difíceis e confusas. E nesse mesmo ano essa carência foi suprida com uma avalanche de influências. O que fez com que de alguma forma eu perdesse metade da minha identidade (sim. não tem problemas em assumir isso u_u) e me deixou em uma linha de conflito onde eu olhava pra mim e buscava me comparar com outras pessoas que desejavam o mesmo que eu. Nesse momento me vi distante de tudo que sempre quis ser, me vi abaixo da linha do aceitável para a sociedade, comecei a achar todas as minhas coisas uma merda (inclusive esses textinhos meia-boca que eu publicava aqui), comecei a freqüentar psicólogo, perdi o foco no momento que eu percebi, com as comparações, que aquilo que eu escolhi aos seis anos de idade não fazia mais sentido na minha vida. Mas como não fazia se aquilo era a única certeza que eu tinha na vida? (além da morte, é claro!) Se aquilo não fazia sentido, nada mais faria. E com esse pensamento em iniciei o retrocesso. Foi daí pra baixo! Tentando me desconstruir de tudo aquilo pra voltar ao ponto inicial, foi que eu me construía ainda mais. Fui moldando uma coisa em cima da outra - imaginem um artesão de cerâmica jogando sua matéria prima abarrotadamente sem coerência e ao mesmo tempo tentando moldar aquilo. Conseguem visualizar o produto final? - Era isso que eu estava me tornando ao longo dos anos. De certa forma, a minha dificuldade era enxergar aquilo que eu era (e sou!). E que meus pontos de referência, eram apenas meus pontos de referência, e não algo que eu deveria me tornar. Foi então que resolvi escrever esse texto (mesmo sabendo que tenho que estudar. Assim como em todos os outros textos que escrevi) e percebi algo importantíssimo nesse ninho de mafagafos: Desde 2008 escrevendo aqui, eu passei TODO o ano de 2011 sem dar as caras nesse lugar! Eu passei um ano de infertilidade criativa, um ano sem ler livros por livre e espontânea vontade, um ano contribuindo para o meu retrocesso que se iniciou em 2008. E foi em 2011 que ele teve o seu auge! Entrei pra esbórnia, esqueci compromissos, perdi prazos, inverti metas, perdi o BV! (sim, aos 18 anos de idade! polêmico.), viciei em narguile (mentira!), viciei em baladas, me perdi na vida!

Essa auto-avaliação (meia-boca, assim como todos os textos desse blog) me dá mais segurança pra crer que em 2012 vou curar todo esse retrocesso! Let’s go!

7 comentários

  1. Fabianni on 12 de fevereiro de 2012 às 14:09

    Muito legal ver uma pessoa analisar a si própria de maneira mais profunda, que não fique apenas no "tomar nota" e, sim, de maneira que constitua o primeiro passo para o processo de mudança (caso conclua insatisfação). Eu só discordo quando você diz que vem sofrendo um retrocesso. Isso é impossível! Uma pessoa que vem vivendo tantas experiências, tantas descobertas, iniciativas, reflexões... Isso tudo não pode ser retrocesso! Você está em meio à maior descoberta da sua vida - e talvez já saiba, só não soube enxergar. Ao nos compararmos com as outras pessoas que buscam os mesmos objetivos que nós, criamos na nossa cabeça algum tipo de estereótipo que devamos compartilhar com elas: temos que ter isso, isso e isso em comum. Mas isso só serve para nos confundir ainda mais. Você não precisa ser a jornalista igual aos fulanos que conhece que fazem Jornalismo. Você tem suas próprias características, seus próprios dons e seus próprios pontos fortes. Na hora certa, eles vão berrar e você vai descobrir que tipo de jornalista será! ;)

    Lembrando que há muito o que descobrir ainda... Principalmente quando estiver na universidade.
    Continue em seu processo de PROGRESSO. Você está indo muito bem!

    Beijos

     
  2. Silvio MC on 12 de fevereiro de 2012 às 14:25

    Concordo com a Fabi :B

     
  3. YMMoraes on 13 de fevereiro de 2012 às 13:50

    Maravilhoso texto Srta. Jornalista Carine Passos. Faça jus ao seu nome, dê PASSOS largos para alcançar seus objetivos ^^. Você não retrocedeu, evoluiu! Fabi escreve muito, ta doido!

     
  4. Alisson on 12 de março de 2012 às 07:02

    Nossa, gostei muito do seus posts, ficarei lendo sempre que possível :D

     
  5. Ragazza on 24 de abril de 2012 às 17:26

    Toda vez que leio suas postagens me identifico surrealmente! kkk Mt bacana seus "textos meia-boca" viu??? Tava anciosa por ler de novo seus posts.. tu sumiu ne guria! abandonou agente, nao faça isso novamente! *-*
    bjooos

     
  6. Unknown on 13 de maio de 2012 às 18:50

    Eu lembro de vc. ^^ Oi Carine. Também tenho passado por um retrocesso criativo e por muitas coisas que vc citou aqui. Mas estou voltando, e gostaria de ver que vc voltou também. Parceiros de blog? Vamos lá. Vai valer a pena. ;)

     
  7. Vivian Loreti on 18 de outubro de 2012 às 17:47

    Bem legais os seus textos :)